O aumento no contingente de idosos e a maior longevidade dos seres humanos traz, em conseqüência, uma alta demanda de serviços de saúde nas etapas finais da vida.
Há uma associação estreita entre envelhecimento e os processos que alcançam os planos biológico, social, biográfico e a morte o que resulta em profundas transformações culturais.
A velhice é uma etapa de perda e menosvalia em todas as dimensões, sobretudo na biológica onde perde-se funções vitais o que resulta em expressiva transformação negativa. Juntamente com as variáveis biológica e biográfica, ocorre, também, a de âmbito social que envolve uma estimação valórica.
À etapa biográfica da velhice expressada por alguns atributos exteriores, juntam-se, de acordo com o relógio social de cada comunidade, certos deveres e direitos.
Toda norma de comportamento carece de sentido se não há liberdade para aceitá-la ou rejeitá-la, somente assim pode-se exercer o diálogo obrigatório na vida social. Quando isso não ocorre perde-se a identidade própria como agente moral e/ou como pessoa autônoma.
A ética da qualidade de vida na velhice deve repensar sobre expectativas sóbrias, modestas e realizáveis.
O diálogo é a ferramenta mais importante que o discurso bioético oferece às sociedades modernas.
A medicina com metáfora social básica incorpora em suas práticas formas de ajuda e inserção social que incidem nos cuidados dispensados às pessoas com idade avançada.