Atitudes e sentimentos de médicos brasileiros em relação a cuidados paliativos em pediatria
Autores
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Anderson de Almeida Rocha
University of Porto
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Bianca Gusmão Meirelles
Federal University of Juiz de Fora-Governador Valadares
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Laís Costa Lage de Assis
Federal University of Juiz de Fora-Governador Valadares
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Rui Manuel Lopes Nunes
University of Porto
Resumo
O objetivo desse artigo é avaliar e compreender os sentimentos e atitudes de médicos brasileiros no que diz respeito à implementação de cuidados paliativas em pacientes pediátricos.
Entre julho de 2018 e dezembro de 2019, foram enviados 236 questionários a médicos do rol da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Os dados coletados através dos questionários planejados foram analisados usando os programas IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analyzes Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires).
Da análise realizada pelo IRAMUTEQ, obteve-se um dendrograma contendo palavras com p<0.05. Sentimentos de tristeza, angústia, alívio, arrependimento e satisfação foram percebidos como relevantes. Atitudes como compreender, comunicar, educar, tratar bem, estratégia e conferências multiprofissionais também foram descritas. Assim, observou-se que esses profissionais experimentam sentimentos contraditórios diferentes e fazem uso de diferentes estratégias de forma a não prejudicar o tratamento realizado, além de manter uma boa relação com a família do paciente.
No presente estudo, demonstramos que há características intrínsecas de cuidados paliativos pediátricos que são fonte de sentimentos contraditórios para profissionais médicos. Nesse contexto, ainda existem desafios e é essencial conduzir novos estudos que abordem essa questão. Prestar atenção a esses sentimentos promove melhor manejo de cuidados paliativos em pediatria.
Palavras-chave:
atitudes, cuidados paliativos, sentimentos, pediatria, qualidade de cuidados à saúde
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AB